modelagem e programação

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Como usar o Google SketchUp 8

"Como usar o Google SketchUp? Aposto que essa é uma das perguntas mais ampla que existe no mundo dos softwares, "Como usar?", mas, realmente, como usar o SketchUp? Alguém me ensina? Não?! Oh, só me resta ser auto-didata! Bem, a ferramenta de modelagem 3D como o SKP, não é uma ferramenta de difícil manuseio, é até considerada "informal" quando se tem outros softwares como o AutoCAD. Esse sim é de um manuseio mais específico.

E este post tem como objetivo deixar claro que quando não há quem nos ensine a usar uma ferramenta da web, devemos sem dúvida aprender "sozinhos", embora haja vários usuários do Armazém que mantém blogs (como o meu :) ). A Internet está cheia de ajudas, desde usuários leigos até usuários de maior performance.


Aqui reuni algumas dicas de "como usar o sketchup": na barra inferior esquerda há (e sempre houve) uma ferramenta chamada "Ajuda":  Essa ferramenta serve de "Instrutor" para explicar a funcionalidade das outras ferramentas. Para entender melhor, vejamos: 

Quando você clica em uma das ferramentas da barra de ferramentas (esquerda) e clica sobre o botão "Ajuda" , aparece uma janela com o título "Instrutor", que mostra um exemplo da função da ferramenta solicitada, além de conter informações sobre as operações que aquela ferramenta suporta.




Para aqueles que não conseguem ver tantas ferramentas no SketchUp, sugiro que "ative" o "Conjunto grande de ferramentas": Visualizar > Barra de ferramentas > Conjunto grande de ferramentas.


Para explicar melhor a funcionalidade do botão "Ajuda", segue este vídeo:




sábado, 16 de fevereiro de 2013

Terreno excessivamente estruturado - Resolvendo

"Excesso de terreno", quem nunca recebeu esse aviso do Armazém pedindo para que o modelo seja melhorado? Esse aviso nada mais é que o pedido da equipe para que você, modelador, melhore seu modelo. Alguns até são aceitos na camada por conter esse erro, mas outros precisam de "reformas". No próprio site do Armazém mostra um exemplo de como você pode melhorar seu projeto:


Mas eles não explicam o que fazer quando o modelo necessita de muito terreno, ai você entra em cena tentando ao máximo diminuir esse terreno. Os mais ousados fazem um terreno mais íngreme, mas acho que não é muito "adequado". Se não sabe como fazer um terreno no SketchUp, recomendo esta outra postagem.

Uma solução é trocar aquele comum "terreno quadrado" e fazer um terreno somente para o modelo, em outras palavras, um terreno apenas para o entorno, sendo mais direto e nada mais:
















Assim feito, eliminando o excesso, você já conta com boa chance do seu modelo não ter esse problema. Mas, e quando mesmo assim ele continua recebendo o aviso de "Terreno excessivamente estruturado"? Bem, a resposta pode ser várias, mas você pode diminuir mais ainda a área desse terreno eliminando a parte que não é visível, ou seja, a parte do terreno que fica "afundada" no terreno da camada do Earth:


Veja o quanto do modelo fica dentro do Earth, abaixo do terreno... 
Abaixo, a imagem de como poderia ficar:
























Use a ferramenta "Aresta" para separar o que eliminará. Lembrando que antes disso, o modelo deve estar e continuar tocando o terreno, caso contrário estará flutuando.




















Se quer ver isso em ação, pode ver este vídeo que fiz:


O modelo 3D mostrado no vídeo é o Arena Pernambuco, mostrei nesta outra postagem o modo de como esse estádio foi feito.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Fazendo um estádio em 19 imagens

Nesta postagem decidi fazer algo um pouco diferente, em forma de capturas de tela, mostrarei como fazer a base de um estádio. Como exemplo unirei o útil ao agradável, este é o estádio do qual fiquei responsável em fazer a base, Arena Pernambuco, que será sede da Copa 2014. Desta vez explicarei um pouco de cada passo-a-passo em apenas 19 imagens.

Estádio a ser modelado:



Início (clique em cada imagem para vê-la melhor):

Aqui fiz um plano a fim de adicionar uma textura, caso não saiba como fazer isso, veja este post. A textura utilizada no exemplo foi o estádio visto de cima.


Aqui dividi o plano para selecionar exatamente 25% de um dos cantos do estádio.

Feito isso começo a fazer as arquibancadas. É essencial que o modelador entenda e veja muitas imagens do projeto antes de começar a fazer o modelo, afinal, se ele não souber o que faz, o resultado também será desconhecido.


Aqui mostro como ficou, vendo a imagem acima, as arquibancadas podem ser feitas simplesmente como mostrado, seguindo as linhas do plano, fechando a área e subindo o plano. (Lembro que faço na base de "engenharia reversa", uma vez que sequer possuo medidas.)




Aqui (imagem abaixo) eu fechei um lado para fazer as armações de sustentação, como mostrado na segunda imagem do estádio a ser feito.



Feito isso, e, fechando as bordas, utilize a ferramenta "siga-me"para seguir as linhas de contorno externas do estádio (eu usei a linha da base externa ao estádio, mas cada modelo possui um "melhor caminho").


Aqui mostro o resultado final de como seriam as escadas externas de acesso ao estádio. O objetivo desta captura de tela é mostrar que elementos externos devem ser feito longe/separado do resto do modelo. Feito isso, selecione o objeto e crie um "grupo" ou "componente", pois fica mais fácil a adaptação dele com o resto da estrutura e posteriormente não prejudicará todo o resto.

"Grupo" criado, é só mover e rotacionar o novo objeto incorporando ao resto do modelo.

Aqui fiz as saídas que parecem um "lápis"(direita) e recortei as saídas para carros (extrema esquerda).



Coloquei e adaptei os suportes.


Agora veja o seguinte, lembra de quando disse para selecionar 25% do estádio? Esse foi o objetivo de fazer apenas 25% do todo, a partir de agora o estádio já está pronto, é nesses 1/4 que você colocará texturas de fotos e adicionará detalhes, mas eu pulo essa parte para mostrar-lhe o que fazer depois de finalizar esses 25%. Feito, selecione tudo e crie um grupo:


Duplique. Para duplicar é só usar a ferramenta mover e apertar a tecla "Alt" (alt direita do teclado). Mova para um dos eixos.


Inverta, não rotacione, inverta! (IN-VER-TA!) Inverta para o eixo que você moveu a cópia/duplicação.

 Ficará assim:

Agora mova e coloque no lugar certo.

 Faça o mesmo com as duas partes, duplique e inverta, agora, para o outro eixo.



Ficou assim (vista da cima).

 E assim ficou (Visualizar> Estilos de arestas> "desselecione" "Arestas").


Acho que terminamos, agora só falta fazer os detalhes como as entradas no campo, os gols, os bancos-reservas e texturizar. O objetivo deste post foi dizer que um estádio, e até casas, podem ser feitos com apenas 25%, e não tudo de uma só vez. Uma casa, por exemplo, pode ser feita com apenas 50% do modelo, como mostrei neste post uma casa que fiz sobre esse mesmo método.

Esse estádio estará logo no armazém, só falta colocar as texturas e arrumar uns detalhes.

Excesso de polígonos, como resolver esse problema

Sempre tem uma hora em que o modelador decide fazer um "super modelo" e sempre este acaba ficando até mais que complexo, acaba sendo rejeitado nos primeiros 15 minutos no Armazém por conter muitos polígonos. Este é o aviso:



Muitos podem já ter visto isso várias vezes, e aqui digo algumas maneiras de resolver o problema, lembrando que não existe fórmula mágica, neste caso, o objetivo é diminuir o tamanho do arquivo .skp, vamos lá? Abaixo mostro algumas imagens do Arena das Dunas, um estádio para a Copa de 2014. O modelo foi rejeitado várias vezes por ser complexo, então fiz o que se pede, reduzi sua complexidade apagando faces desnecessárias, veja os exemplos:



Aqui vejamos, é uma escada, repare que seu "corre-mão" contém duas faces, mas ela não precisa de duas faces, uma já basta!
Então, apagando e ajustando fica assim. Detalhe: é inevitável que ao reduzir um modelo ele perca sua qualidade original, afinal, ele vai "perdendo partes".



Aqui mostro um corte no modelo, repare que atrás da arquibancada é fechada, eu sabendo que não há como ver essa face fechada, logo ela não tem muita utilidade. Então, eu apagando todas as faces de trás das cadeiras, logo eu apago mais de 50 faces!



Apagado fica assim.















Agora segue a próxima imagem mostrando que realmente não há como ver que de trás das cadeiras está faltando face.

Aqui mostro uma captura de tela de qual era o tipo de gol a ser utilizado no estádio. Repare que as traves são circulares, tudo que é circular há uma face para cada lado, ou seja, mais de 12!

Solução: fazer um novo gol (bem simples, afinal, quando o modelo estiver no Google Earth, nenhum usuário irá querer ver o gol, e sim, o estádio em todo.


E assim ficou, o antes e o depois, viu? Bem mais simples, não?!













Resumindo, o objetivo sempre deve ser otimizar o modelo ao máximo desde o início da primeira aresta, ainda mais se ele for para o Google Earth. Exclua faces desnecessárias, simplifique detalhes e use a criatividade, algumas soluções podem ser bem mais simples substituindo coisas por outras até melhores. Nem sempre o modelo deve ficar tão real, no caso de um estádio, o objetivo do usuário do Google Maps é ver o estádio e não o gol, a trave, a parte de trás das arquibancadas ou até a qualidade das texturas, ele só quer ver o estádio no mapa em 3D! Então, boa sorte com seu modelo e que ele seja aceito.

Arena das Dunas - Estádio João Cláudio de Vasconcelos Machado

com 2 comentários
Copa do mundo chegando e modelos ficando pronto, esta é a vez do estádio Arena das Dunas, esse estádio localiza-se no estado do Rio Grande do Norte, em sua capital, Natal.
Modeladores: Marco Aurélio O M, Matheus Christian e Tiago Volanick.

  

Detalhes: O Estádio João Cláudio de Vasconcelos Machado, mais conhecido como Machadão, foi um estádio de futebol da cidade do Natal, no estado brasileiro do Rio Grande do Norte.Projetado pelo arquiteto Moacyr Gomes da Costa, era considerado um dos mais belos do Brasil, tanto que foi chamado pelo então governador do estado Cortez Pereira de "um poema de concreto". Além do governador, foi inaugurado pelo então prefeito Jorge Ivan Cascudo Rodrigues. Foi batizado inicialmente com o nome de Estádio Humberto de Alencar Castelo Branco e conhecido simplesmente como Castelão. Somente em 1989 teve seu nome alterado para Estádio João Cláudio de Vasconcelos Machado, em homenagem ao ex-presidente da Federação Norte-rio-grandense de Futebol. O estádio Machadão (juntamente com o ginásio Machadinho) começou a ser demolido em 21 de outubro de 2011; o trabalho de demolição foi concluído na tarde de sexta-feira, 25 de novembro. Em seu lugar será construída a Arena das Dunas com vistas à Copa do Mundo FIFA de 2014.


Imagens:








A Arena das Dunas chegou a 50% dos trabalhos concluídos em dezembro de 2012. As vigas de sustentação do setor oeste do anel superior da arquibancada – as vigas-jacaré – começaram a ser instaladas. No anel inferior, já estão terminados os setores oeste e sul. O setor leste está em fase de finalização. A instalação da rede de ar condicionado e a construção dos banheiros também já foram iniciadas. A entrega do estádio está prevista para dezembro de 2013. São 1,2 mil trabalhadores no canteiro de obras para erguer o estádio, palco de quatro partidas que receberá na Copa do Mundo de 2014, todas válidas pela primeira fase do torneio. O quarto jogo na arena é o que promete atrair mais atenções. Em campo estará o cabeça de chave D1, disputando a última rodada do grupo.

O estádio da capital potiguar terá capacidade para 43 mil torcedores, sendo 10 mil assentos removíveis. A previsão de entrega do projeto é para dezembro de 2013. O investimento na construção da nova arena, que tomou o lugar do antigo “Machadão”, demolido, será de R$ 350 milhões, sendo que R$ 250,5 milhões virão de financiamento federal.

MOBILIDADE URBANA
A capital potiguar conta com investimentos de R$ 1,69 bilhão, dos quais R$ 757,5 milhões de financiamento federal. Os recursos locais são de R$ 321,3 milhões, e os federais diretos de R$ 236,1 milhões. A iniciativa privada entra com R$ 375,4 milhões. No total, a cidade receberá oito intervenções em infraestrutura.
Dois projetos de mobilidade urbana estão em andamento, com ações divididas entre os governos municipal e estadual. O primeiro eixo prevê a integração entre aeroporto, Arena das Dunas e setor hoteleiro. O segundo compreende o prolongamento da via Prudente de Morais, importante acesso ao estádio. A estimativa de conclusão dos trabalhos é em dezembro de 2013.

AEROPORTO
Um dos principais desafios potiguares até 2014 é terminar o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, o primeiro terminal federal a ser entregue à iniciativa privada. “Dentro do prazo da concessão para executar a obra vamos tentar fazer o mais rápido possível. É nosso interesse ter o aeroporto operacional no momento em que vai ter pico de tráfego, exatamente na Copa do Mundo”, afirmou José Antunes Sobrinho, executivo da Engevix, empresa que ganhou o leilão para administrar o complexo pelos próximos 25 anos.

NA ESQUINA DO CONTINENTE
A terra do folclorista Luís da Câmara Cascudo está encravada na esquina da América do Sul e nasceu dos esforços de colonizadores portugueses contra piratas franceses e índios potiguares. O nome da cidade – que entre 1633 e 1654 chegou a se chamar Nova Amsterdã por invasores holandeses – tem duas origens citadas: uma se refere à data de entrada da esquadra portuguesa no Rio Potengi, em 25 de dezembro de 1597; outra cita a demarcação do lugar primitivo da cidade, feita por Jerônimo de Albuquerque em 25 de dezembro de 1599.

O fato de ser uma metrópole próxima da Europa e da África faz de Natal uma das portas de entrada mais conveniente para turistas originários desses continentes. Com pouco mais de 800 mil habitantes e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,788, a capital do Rio Grande do Norte fica no extremo nordeste do Brasil e atrai turistas pela beleza das praias e dunas, temperatura média de 28 graus Celsius e marcos históricos que remetem à fundação da cidade, no fim do século 16.
Em 2010, Natal recebeu mais de 2 milhões de visitantes, número que poderá chegar a 3 milhões no ano da Copa. Para se adaptar ao aumento do fluxo de turistas, o governo e a iniciativa privada pretendem investir em melhoramentos do sistema viário, na ampliação do aeroporto e na rede hoteleira, hoje com cerca de 26 mil leitos.
A cidade tem três times de maior visibilidade: ABC, América e Alecrim.



RAIO-X
Estado: Rio Grande do Norte
Fuso horário: -3h GMT
Aeroportos: Internacional Augusto Severo e São Gonçalo do Amarante (em construção)
PIB: R$ 7.508.466
Área: 170,298 km²
População: 806.203 hab.
FONTE: Copa 2014


Todos os modelos dos estádios para a Copa de 2014 estarão nesta coleção do Armazém: